A IMPORTÂNCIA DA TRINDADE

A importância da Trindade 

Entender a Trindade é de vital importância. As Escrituras ensinam que há um Deus que revelou a si mesmo em três pessoas. As três pessoas da Trindade são o Pai, o Filho e o Espírito Santo.

Os versículos seguintes afirmam claramente que há apenas um Deus: "Porquanto há um só Deus" (I Timóteo 2:5). "Ouve, Israel, o SENHOR, nosso Deus, é o único SENHOR!" (Deuteronômio 6:4).

Os versos seguintes fazem alusão à pluralidade do único Deus quando Ele se refere a Si mesmo na terceira pessoa do plural: "Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança" (Gênesis 1:26) e "Deus disse, ‘Eis que o homem se tornou como um de nós’" (Gênesis 3:22).

Uma analogia rudimentar e longe de ser perfeita pode ser esboçada observando a natureza da água que existe em seus diferentes estados: líquido, gasoso e sólido. Indiferentemente ao estado, ela permanece H20. Esta analogia, entretanto, é deficiente no sentido de que Deus está vivo e tem uma personalidade. Como Criador Ele é diferente e está separado de Sua criação. Ele não é uma força impessoal como algumas filosofias teimam em afirmar.

Entender que há uma Trindade e que ela tem uma natureza é vital para a compreensão do conceito de redenção. Somente Deus encarnando como um homem, o Filho de Deus, poderia ter redimido a raça humana do pecado uma vez que Deus por Si só não tem pecado. Se Jesus fosse um grande professor ou um grande profeta, isto não teria sido suficiente para a salvação da humanidade porque um grande professor ou profeta permanece humano e, portanto, está manchado com o pecado original. Se um simples homem tivesse morrido na cruz o abismo entre o homem e Deus não teria sido transpassado e nós não teríamos a oportunidade da vida eterna. Em outras palavras, a salvação vem de cima, de Deus, não debaixo, do homem. Muitos homens morreram em cruzes, mas quando o Filho de Deus morreu na cruz Ele tomou sobre Si os pecados do mundo.

"E o Verbo se fez carne e habitou entre nós..." (João 1:14) descreve a encarnação de Deus como homem. Jesus confirma isso ao dizer, "Eu e o Pai somos um" (João 10:30). "Quem me vê a Mim, vê o Pai" (João 14:9).

O argumento que freqüentemente se faz é que todos somos filhos de Deus. Aqueles que são adeptos da Nova Era e os que se inclinaram às filosofias orientais discutem que quando Jesus disse que Ele era um com o Pai, ele estava se referindo à divindade em cada um de nós e por isso todos somos um com o Pai. Em João 10:30-37 Jesus esclarece este argumento. Ele esboça uma distinção entre aqueles que são chamados deuses apenas porque a palavra de Deus veio até eles e Ele mesmo a quem o Pai santificou e enviou ao mundo. Ele oferece suas obras como evidência de que, "o Pai está em Mim, e Eu no Pai" (João 10:37-38). Nenhum mortal é capaz de realizar as obras que Ele realizou as quais afirmam a divindade de Jesus.

"Crede-me que estou no Pai, e o Pai, em Mim; crede ao menos por causa das minhas obras" (João 14:11 itálicos do autor).

Além disso, todos os humanos morrem. O Salmo 82:6-7 cita, "Eu disse, ‘sois deuses, sois todos filhos do Altíssimo. Todavia, como homens, morrereis e, como qualquer dos príncipes, haveis de sucumbir.’" Muitas seitas, cultos da Nova Eram sustentam a crença de que toda pessoa tem o potencial de ser um deus ou de fato é um deus se ele ou ela alcançar esse nível de consciência. O fato que permanece em toda a história é que apenas um homem se levantou da sepultura e esse homem foi Jesus Cristo, O Filho de Deus.

C.S. Lewis no capítulo "Counting the Cost" de sua obra Mere Christianity nos dá uma percepção valiosa sobre este conceito: "A ordem: Sede Perfeitos" não é uma idéia vaga ou idealista, tampouco é um comando para que se faça o impossível. Ele nos converterá em pessoas que possam obedecer a essa ordem. Ele disse (na Bíblia) que nós éramos ‘deuses’ e certamente vai tornar realidade as Suas palavras. Se permitirmos a Deus – porque podemos impedi-Lo se assim escolhermos – Ele fará do mais fraco e imundo de nós um deus ou uma deusa, uma criatura imortal, deslumbrante e radiante, vibrando com tamanha energia, júbilo, sabedoria e amor que agora não somos capazes de imaginá-lo. Seremos como um espelho brilhante e sem manchas que reflita perfeitamente Deus (embora, é claro, em uma escala menor), Seu próprio poder ilimitado, gozo e bondade. O processo será longo e em partes bastante doloroso; mas para isso nos dispusemos. Nada menos que isso. Ele realmente quis dizer o que disse. Deus pode, então, tomar-nos como diamantes brutos e, quando aceitamos Seu Filho, nos polir e transformar. O processo envolve sucumbir nossos egos à vontade de Deus e permiti-Lo tomar o controle de nossas vidas refinando-nos por através do tempo .”

O Espírito Santo é Deus, a terceira pessoa da Trindade que é Deus. O livro de Atos 5:3-4 nos dá uma percepção deste relacionamento. Pedro disse, "Ananias, por que encheu Satanás teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, reservando parte do valor do campo? Conservando-o, porventura, não seria teu? E, vendido, não estaria em teu poder? Como, pois, assentaste no coração este desígnio? Não mentistes aos homens, mas a Deus". Mentir para o Espírito Santo é o mesmo que mentir para Deus, de modo que o Deus e o Espírito Santo são um.

C.S. Lewis comenta sobre a relação entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo em sua obra Mere Christianity (o capítulo “The Good Infection" – em português: “A Boa Infecção”): "Toda a dança, ou drama, ou configuração dessa vida tri-Pessoal há de executar-se em cada um de nós: ou (colocando de forma inversa) cada um de nós tem que encarar a configuração e tomar seu lugar na dança. Não há outro caminho para a felicidade para a qual fomos criados. As boas coisas assim como as más, você sabe, são transmitidas por um tipo de infecção. Se você quiser se aquecer, você deve ficar perto do fogo; se quiser se molhar, deve entrar na água. Se quiser alegria, poder, paz e vida eterna, precisa chegar mais perto, ou até mesmo entrar, onde tais coisas existem. Elas não são como uma espécie de prêmio que Deus, se Ele assim o quisesse, desse a qualquer um. Elas são uma grande fonte de energia e beleza jorrando bem no centro da realidade. Se você estiver mais perto, o jato vai lhe molhar: se não estiver, permanecerá seco. Uma vez que um homem se une a Deus, como haverá de não viver para sempre? Uma vez estando separado de Deus, o que poderá fazer senão secar e morrer?”

Na medida em que cremos e confiamos em Jesus, entramos no relacionamento vibrante e dinâmico com o Pai, o Filho e o Espírito Santo. "Ainda por um pouco, e o mundo não me verá mais; vós, porém, me vereis porque eu vivo, vós também vivereis. Naquele dia, vós conhecereis que Eu estou em meu Pai, e vós, em mim, e Eu, em vós. Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado por meu Pai; e Eu também o amarei e Me manifestarei a ele" (João 14:19-21).

João Batista disse a respeito de Jesus, "Aquele que vem depois de mim é mais poderoso do que eu, cujas sandálias eu não sou digno de levar. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo" (Mateus 3:11). Jesus nos diz que Ele nos enviará o Consolador ou Ajudador nomes pelos quais o Espírito Santo também é chamado (João 15:26). Se nós O amarmos, Ele rogará ao Pai e o Pai nos dará o Consolador que jamais nos deixará (João 14:16).