PROVAS DA EXISTÊNCIA DE JESUS

 PROVAS DA EXISTÊNCIA DE JESUS CRISTO

Profecias

Testemunhos
Sua Mortalha

Profecias

     No ano 539 a.C., Daniel profetizava que setenta semanas estavam determinadas sobre o povo de Israel, de modo que desde a ordem para restaurar e edificar Jerusalém até o Messias, o Príncipe, haveria sete semanas mais sessenta e duas semanas; depois das sessenta e duas semanas (mais as sete =69 semanas) seria tirado o Messias na metade da última semana faria cessar o sacrifício e a oferta de manjares (substituindo-os pelo seu sacrifício na cruz, Dan 9:24-27).
     O último decreto para restauração de Jerusalém, foi dado por Artaxerxes Longimano no ano 458 a.C..
     Em linguagem profética um dia equivale a um ano (Eze 4:6, Num 24:34).
As 70 semanas correspondem pois a 490 anos. Este período está dividido em duas partes: uma de 69 semanas igual a 483 anos para o advento do Messias, e outra de 1 semana igual a 7 anos na metade da qual o Messias seria morto e faria o Novo Pacto.

Operações com anos a.C. e d.C.

     Os anos da Era de Cristo são contados como números positivos os depois de Cristo e como número negativos os antes de Cristo. Porem para fins de cálculo os anos antes de Cristo são diminuídos de 1 unidade de modo que o ano 1 a.C. corresponde ao ano zero na série para cálculo:
 Anos antes de Cristo                    Anos depois de Cristo
 PRÁTICA: ...5, 4, 3, 2, 1, 1, 2, 3 , 4, 5...    CÁLCULO: ...-4, -3, -2, -1, 0, +1, +2, +3, +4...
     Quando se subtrai um número maior que o número do ano depois de Cristo, o resultado é negativo, portanto é ano antes de Cristo diminuído de 1 porque no cálculo o primeiro ano da série antes de Cristo é zero. Para corrigir devemos somar 1 ao resultado para transforma-lo em correspondente ano da série prática:
476 d.C. - 1260 + 1 = +785 a.C.
     Se somarmos um número maior que o número do ano antes de Cristo, o resultado é positivo, portanto ano depois de Cristo. Mas antes temos de diminuir de 1 unidade o número do ano antes de somarmos, porque temos de usar a escala para cálculo quando a operação começa numa série e o resultado cai na outra. Quando a operação começa e o resultado cai na mesm série antes de Cristo ou depois de Cristo não é necessário diminuir uma unidade do ano antes de Cristo:
-(785 a.C. - 1) + 2300 = +1516 d.C.
-1514 a.C. + 42 = -1472 a.C.
     Segundo Lucas 3:1,23 Jesus foi apresentado por IEUÁ como o Messias no ano 15 de Tibério César, quando foi batizado com quase 30 anos de idade por João Batista, então declarando IEUÁ: "Este é o meu Filho amado em quem me comprazo".
     Tibério começou a governar junto com Augusto desde ano 12; portanto o 15º de Tibério César foi o ano 26.
     O prazo de 490 anos termina no ano 33 d.C..
-(458 - 1) + 490 = 33
     Jesus Cristo foi crucificado no dia da Páscoa, no 14º dia do mês lunar de Nizan, numa sexta-feira (Mat 37:62, Mar 15:42, Luc 23:54, Joa 19:31, 18:28).
    Vamos procurar qual 14º de Nizan tenha sido sexta-feira nos sete anos até o ano 33:
   
Ano 
Dia 14 de Nizan
27  8 de Abril, quinta-feira
28  28 de Março, terça-feira
29  16 de Abril, segunda-feira
30  5 de Abril, sexta-feira
31  25 de Março, terça-feira
32  12 de Abril, segunda-feira
33  2 de Abril, sábado

     Como se vê, o único dia 14 do primeiro mês lunar que caiu numa sexta-feira foi 5 de Abril do ano 30, exatamente o que ocupa o meio da última semana de anos, dia em que morreu Jesus Cristo. Porém ele ressuscitou 2 dias depois.

     Daniel proferiu outras profeicias históricas importantes. No capítulo 8 descreve a derrota de um carneiro representando o reino Medo Pérsia por um bode simbolizando a Grécia, e as quatro divisões do império grego simbolizada pelo surgimento dos quatro chifres em lugar do chifre grande representando Alexandre Magno, o seu rei morto prematuramente, sendo dividido o seu reino entre os seus quatro generais: Seleuco, Ptolomeu, Lisímaco e Cassandro. E de uma destas surgiu uma pequena ponta com as mesmas características da undécima que surgiu dentre as dez da quarta besta. "uma ponta mui pequena, a qual cresceu muito para o meio-dia, e para o oriente ... e se engrandeceu até ao príncipe do exército; e por ele foi tirado o contínuo sacrifício, e o lugar do seu santuário foi lançado por terra. E o exército lhe foi entregue, com o sacrifício contínuo, por causa das transgressões ; e lançou a verdade por terra; fez isso e prosperou. E disse outro santo àquele que falava: Até quando durará a visão do contínuo sacrifício e da transgressão assoladora, para que seja entregue o santuário e o exército, a fim de serem pisados? E ele me disse: Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado" (Dan 8:9-14).

     Esta visão parece um salto para explicar melhor a anterior (Dan 8:9-10). O império grego enfraquecido pela divisão foi derrotado pelos romanos em 168 a.C. em Pidna, cidade da Macedônia onde Perseu, filho de Filipe V, foi vencido. Foi desta vitória sobre o reino da macedonia, um dos quatro reinos do império grego, é que começou o império de Roma.

     Essa passagem fala do último reino independente depois dos dez em que se sudividiu o império de Roma.

     O tempo para o advento de algum acontecimento no reino é contado desde a sua fundação, desde o seu primeiro ano. Dois períodos de tempos são referidos em relação à quarta besta (Dan 7:25, 8:14): um de 1260 dias e outro de 2300 dias. O primeiro se refere à queda do primitivo Império Romano do Ocidente fragmentando-se em dez reinos de bárbaros em 476 d.C. (Dan 7:25).
     No século V o Império Romano do Ocidente estava chegando ao fim. O motivo que mais contribuiu para a ruína do Império foram as invasões dos bárbaros. Em 476 d.C., o Império ruiu por completo.
     Odoacro, rei dos hérulos, derrubou o Imperador Rômulo Augústulo e mandou as insígnias imperiais para Zenão, Imperador em Constantinopla. Declarou-se rei da Itália e aliado do Império de Constantinopla. O Império parecia reunificado. Mas, na realidade, o imperador de Constantinopla mandava apenas no Oriente, pois no ocidente dominavam os dez reinos de bárbaros: alemanos, visigodos, francos, burgundos, anglo-saxões, vândalos, suevos, hérulos, ostrogordos, e lombardos, donde surgiram os dez paises atuais da Europa.

     Quando os três últimos foram desarraigados, surgiu entre eles o undécimo reino, em 774 d.C. foram os lombardos destruídos por Carlos Magno, rei dos francos que em Abril confirmou ao Papa Adriano I a doação destes três reinos desarraigados: hérulos, ostrogodos e lombardos. O Papa restabeleceu então o Império Romano do Ocidente. Assim finalmente o Papa tornou-se ao mesmo tempo rei temporal e espiritual, para daí cavalgar e dominar todos os poderes políticos do mundo.

     O periodo de 2300 dias é especificamente para a queda do domínio do pequeno undécimo reino constituído 300 anos depois ocupando os territórios de três deste dez reinos desmembrados do Império de Roma (Dan 8:14). Por se referirem ao mesmo Império estes dois prazos são contados a partir do ano de fundação de Roma.
     Não podemos com certeza indicar a data de fundação de Roma:
Cícero, Políbulo, Diodoro e Lívio dão 750 a.C.,
Fábio Pitore dá 748 a.C.,
os fastos capitolinos dão 752 a.C.,
a tradição diz ser em 753 a.C.,
Cíncio Alimento dá 726 a.C.,
Timeu indica 814 a.C.

     Se o desmembramento do Império de Roma completou-se em 476 d.C., Roma pela cronologia divina para o cumprimento da profecia, teria sido fundada em

1260 - 476 + 1 = 785 a.C.

     Se a fundação de Roma foi em 785 a.C., a data do enfraquecimento do pequeno undécimo reino da Europa, começou em

2300 - (785 -1) = 1516 d.C.

     Esta profecia revela claramente o ressurgimento da "purificação da igreja pela fé no sacrifício de Jesus Cristo somente".

     Neste ano de 1516 começaram as escaramuças que deveriam produzir a Reforma de Lutero, monge agostiniano. Começou Lutero em 1516 o protesto do púlpito contra as cartas de indulgência, insistindo na necessidade de arrependimento.
     As teses de Lutero afixadas às portas da igreja de Todos os Santos, em Winttenberg, Alemanha, contra as indulgências vendidas por Tetzel marcam a data histórica da Reforma em 31 de Outubro de 1517, o início da grande controvérsia que cingiu a igreja ocidental.
Esta data marcou o início histórico da revolução religiosa no ocidente. Esta mudança cumpriu a promessa "Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário (a igreja) será purificado (pela volta do sacrifício contínuo)" (Dan 8:14)
     A igreja (o santuário) seria realmente considerada purificada dos seus pecados, seria considerada justa, seria justificada porque a fé somente no sacrifício de Jesus Cristo voltaria a ser empregada. O Papa engrandecido até à dignidade de Jesus Cristo, o Principe Filho do Senhor dos Exércitos, tirou a fé no sacrifício de Jesus para o perdão dos pecados e substituiu-a pela fé em outras providências.
Portanto este último reino é identificado com o Papado.
     O diagrama abaixo ilustra os periodos profeticos para a crucificação de Jesus, a queda de Roma, e  a queda da Igreja de Roma.
 
 
 
Testemunhos
Documentos de escritores romanos (110-120):
     Tácito (Publius Cornelius Tacitus, 55-120), historiador romano, escritor, orador, cônsul romano (ano 97) e procônsul da Ásia romana (110-113), falando do incêndio de Roma que aconteceu no ano 64, apresenta uma notícia exata sobre Jesus, embora curta:
“Um boato acabrunhador atribuía a Nero a ordem de pôr fogo na cidade. Então, para cortar o mal pela raiz, Nero imaginou culpados e entregou às torturas mais horríveis esses homens detestados pelas suas façanhas, que o povo apelidava de cristãos. Este nome vêm-lhes de Cristo, que, sob o reinado de Tibério, foi condenado ao suplício pelo procurador Pôncio Pilatos. Esta seita perniciosa, reprimida a princípio, expandiu-se de novo, não somente na Judéia, onde tinha a sua origem, mas na própria cidade de Roma” (Anais, XV, 44).

     Plínio, o Jovem (Caius Plinius Cecilius Secundus, 61-114), sobrinho de Plínio, o Velho, foi governador romano da Bitínia (Asia Menor), escreveu ao imperador romano Trajano, em 112:

Entre eles está o seguinte:
"os cristãos têm como hábito reunir-se em uma dia fixo, antes do nascer do sol, e dirigir palavras a Cristo como se este fosse um deus; eles mesmos fazem um juramento, de não cometer qualquer crime, nem cometer roubo ou saque, ou adultério, nem quebrar sua palavra, e nem negar um depósito quando exigido. Após fazerem isto, despedem-se e se encontram novamente para a refeição..." (Plínio, Epístola 97).
     É interessante ressaltar alguns detalhes nesta carta. Plínio relata fatos históricos importantíssimos tais como a igreja em expansão, e a adoração ao seu fundador - Cristo - "como se fosse um deus" (Christo quase deo). Veja que ele não procura negar a existência histórica de Jesus.

     Suetônio (Caius Suetonius Tranquillus, 69-126), historiador romano, no ano 120, referindo-se ao reinado do imperador romano Cláudio (41-54), afirma que este “expulsou de Roma os judeus, que, sob o impulso de Chrestos (forma grega equivalente a Christós, Cristo), se haviam tornado causa frequente de tumultos” (Vita Claudii, XXV).Esta informação coincide com o relato dos Atos dos Apóstolos 18,2, onde se lê: “Cláudio decretou que todos os judeus saíssem de Roma”; esta expulsão ocorreu por volta do ano 49/50. Suetônio, mal informado, julgava que Cristo estivesse em Roma, provocando as desordens.

     Ora justamente, o livro dos Actos dos Apóstolos - livro que completa o Evangelho de S. Lucas no Novo Testamento - faz uma alusão directa a esta expulsão, por altura da chegada de S, Paulo a Corinto (Actos, 18, 2 : Áquila e Príscila)

Fontes Pagãs:

     Talo (52 d.C),o historiador samaritano é um dos primeiros escritores gentios a mencionar Cristo      indiretamente. Tentando dar uma explicação natural para as trevas que ocorreram na crucificação de Jesus, diz:
     "O mundo inteiro foi atingido por uma profunda treva; as pedras foram rasgadas por um terremoto, muitos lugares na Judéia e outros distritos foram afetados. Esta escuridão Talos, no terceiro livro de sua História, chama, como me parece sem razão, um eclipse do Sol."
     Tanto os escritos de Talo, como de Flêgão, não existem mais, alguns fragmentos foram preservados nos escritos de Júlio Africano (220 d.C)

     Mara Bar-Serapião - 73 d.C (?), um sírio escrevendo ao seu filho Serapião sobre a busca da sabedoria, menciona a Cristo como sábio, embora não o mencione pelo nome, mas apenas como "rei dos judeus". Diz ele:

     "Que vantagem tem os judeus executando seu sábio rei?...O rei sábio não morreu; ele vive nos ensinos que deu."

     Tertuliano, jurista e teólogo em sua defesa do Cristianismo menciona uma correspondência entre Tibério e Pôncio Pilatos sobre Jesus (Apologia,2).

     Justino, o Mártir, filósofo cristão ao escrever ao imperador Antonino Pio desafia o imperador a consultar os arquivos imperiais deixados por Pilatos sobre a morte de Jesus Cristo (Apologia 1.48).

     Celso, o filósofo neoplatônico e inimigo ferrenho do cristianismo também menciona Cristo em seus escritos.

     Estas citações mostram que os anais da história preservou através de documentos de pessoas não cristãs, a história de um homem que viveu no I século, identificado com o Jesus bíblico. A primeira vista, talvez pareça pouca a quantidade de informações que temos sobre Jesus, mas se confrontarmos Jesus Cristo com as inúmeras figuras indefinidas da história antiga, é surpreendente a quantidade de informações que ainda temos sobre Ele. Se porventura fossemos reconstituir a vida de Jesus a partir destes pequenos relatos, teríamos o suficiente para saber quem foi Jesus. Ora, eles nos dão a informação básica sobre ele: um homem que viveu no I século, chamado Cristo, Filho de uma mulher judia, operador de milagres que reuniu em torno de si vários seguidores que o adoravam como Deus. Este homem foi crucificado sob o governo de Pôncio Pilatos.

     É claro que muitas partes dentro dessas passagens como, por exemplo, em Josefo e Tibério, são até admissíveis de interpolações. Mas o caráter anticristão de seus autores é uma prova incontestável de sua veracidade. Plínio, Tibério e muito menos Luciano de Samosata não poderiam jamais ser acusados de falsidade. Portanto, negar a confiabilidade de todas essas fontes que citam Jesus na base de algumas insignificantes interpolações seria menosprezar de resto toda a história antiga.

Documentos Judaicos:

Talmude:
     A Encyclopaedia Britannica mencionando os talmudes judaicos como fontes históricas sobre Jesus, finaliza o assunto da seguinte maneira:
     "A tradição judaica recolhe também notícias acerca de Jesus. Assim, no Talmude de Jerusalém e no da Babilônia incluem-se dados que, evidentemente, contradizem a visão cristã, mas que confirmam a existência histórica de Jesus de Nazaré."
     A "contradição" mencionada pela enciclopédia é o fato dos judeus acusarem Jesus de magia.
O Talmud (Coletânea de leis e comentários históricos dos rabinos judeus posteriores a Jesus) apresentam passagens referentes a Jesus. Note que os judeus combatiam a crença em Jesus, daí as palavras adversas a Cristo. Tratado Sanhedrin 43a do Talmud da Babilônia: “Na véspera da Páscoa suspenderam a uma haste Jesus de Nazaré. Durante quarenta dias um arauto, à frente dele, clamava: “Merece ser lapidado, porque exerceu a magia, seduziu Israel e o levou à rebelião. Quem tiver algo para o justificar venha proferí-lo!” Nada, porém se encontrou que o justificasse; então suspenderam-no à haste na véspera da Páscoa.” (Talmude Babilônico, Sanhedrim 43a)
     Estes relatos da crucificação estão de pleno acordo com os evangelhos (cf. Lucas 22,1; João 19,31).

     Flávio Josefo, historiador judeu (37-100), fariseu, escreveu palavras impressionantes sobre Jesus:“Por essa época apareceu Jesus, homem sábio, se é que há lugar para o chamarmos homem. Porque Ele realizou coisas maravilhosas, foi o mestre daqueles que recebem com júbilo a verdade, e arrastou muitos judeus e gregos. Ele era o Cristo. Por denúncia dos príncipes da nossa nação, Pilatos condenou-o ao suplício da Cruz, mas os seus fiéis não renunciaram ao amor por Ele, porque ao terceiro dia ele lhes apareceu ressuscitado, como o anunciaram os divinos profetas juntamente com mil outros prodígios a seu respeito. Ainda hoje subsiste o grupo que, por sua causa, recebeu o nome de cristãos” (Antiguidades Judaicas, XVIII, 63a).

     Flávio Josefo foi contemporâneo de Cristo viveu até 98 d.C. É considerado um dos melhores historiadores antigo. Suas obras sobre o povo judeu é uma preciosidade histórica da vida helênica no primeiro século. Em seu livro, "Antiguidades Judaicas", ele faz algumas referências a Jesus. Em uma delas, ele escreve:

     "Por esse tempo apareceu Jesus, um homem sábio, que praticou boas obras e cujas virtudes eram reconhecidas. Muitos judeus e pessoas de outras nações tornaram-se seus discípulos. Pilatos o condenou a ser crucificado e morto. Porém, aqueles que se tornaram seus discípulos pregaram sua doutrina. Eles afirmam que Jesus apareceu a eles três dias após a sua crucificação e que está vivo. Talvez ele fosse o Messias previsto pelos maravilhosos prognósticos dos profetas" (Josefo, "Antiguidades Judaicas" XVIII,3,2).
     O texto acima é uma versão árabe, e talvez é a que mais chegue perto do original. Muitos colocam em dúvida este texto dizendo ser interpolação de um escritor cristão. Alegam que Josefo, na qualidade de judeu, nunca iria se reportar a Jesus desta maneira. Mas parece que não há motivos fortes para isso. A verdade é que cada vez mais eruditos hoje em dia estão inclinados a aceitar esta versão do texto como fidedigno, embora admitam pequenas interpolações em algumas partes como a referência sobre a ressurreição, e a declaração do messianismo.

Documentos Cristãos:

     Os Evangelhos: narram com riqueza de detalhes históricos, geográficos, políticos e religiosos a terra da Palestina no tempo de Jesus. Os evangelistas não poderiam ter inventado tudo isto com tanta precisão.
     São Lucas, que não era apóstolo e nem judeu, fala dos imperadores Cesar Augusto, Tibério; cita os governadores da Palestina: Pôncio Pilatos, Herodes, Filipe, Lisânias, e outros personagens como Anás e Caifás (Lc 2,1;3,1s). Todos são muito bem conhecidos da História Universal.
São Mateus e São Marcos falam dos partidos políticos dos fariseus, herodianos, saduceus (Mt 22,23; Mc 3,6).
     São João cita detalhes do Templo: a piscina de Betesda (Jo 5,2), o Lithóstrotos ou Gábala (Jo 19, 13), e muitas outras coisas reais.
     Nada foi inventado, tudo foi comprovado pela História. Além dos dados históricos sobre a vida real de Jesus Cristo, tudo o que Ele fez e deixou seria impossível se Ele não tivesse existido.
     Um mito não poderia chegar ao século XXI… com mais de um bilhão de adeptos. Os apóstolos e os evangelistas narraram aquilo que foram testemunha ocular; não podiam mentir, sob pena de serem desmascarados pelas adversários e perseguidores da época.
     Será que poderia um mito ter vencido o Império Romano? Será que um mito poderia sustentar os cristãos diante de 250 anos de martírios e perseguições?
     O escritor cristão Tertuliano (†220), de Cartago, escreveu que “o sangue dos mártires era semente de novos cristãos”.
     Será que um mito poderia provocar tantas conversões, mesmo com sérios riscos de morte e perseguições? No século III já haviam cerca de 1500 sedes episcopais (bispos) no mundo afora. Será que um mito poderia gerar tudo isto? É claro que não. Será que um mito poderia sustentar uma Igreja, que começou com doze homens simples, e que já tem 2000 anos. As provas são evidentes, Jesus Cristo existiu!

Retrato de Jesus feito por Publius Lentulus

     Entre os depoimentos sobre Jesus parecem os mais curiosos e interessantes, objectos de intensa piedade popular ao longo dos tempos. Um dos textos deste é a carta que descreve Jesus produzida por um certo Lentulus, romano, sendo ''oficial de Roma na província da Judeia no tempo de Tiberius Cæsar'', ou, como no preâmbulo original em Latim, "Lentulus habens officium in partibus Iudeae herodis ad senatores romanos hane epistolam deferre iussit".
     Circula a carta há bom tempo, pela cristandade achado em Aquileia em 1280. Seria original? Autorizada? Autêntica? Parece ter sido publicada por Tischendorf em Evangelia Apocrypha, sic, em latim, no sec. XIX.
     Desta carta existem duas versões. Uma delas, achada em Aquileia (perto de Roma e Tibur) com outros documentos. A outra tem origem incerta. O núcleo essencial do documento é esse: ''apareceu na Judeia  Jesus , um homem alto,  cabelo da cor do vinho, desce ondulado sobre os ombros; dividido ao meio, ao estilo nazareno. Barba abundante, da mesma cor do cabelo; as mãos, finas e compridas; olhos claros, plácidos e brilhantes. Afirma publicamente que os reis e escravos são iguais perante Deus'' (do ciclo de Pilatos,).
     Tertuliano discutiu esta Carta, no sec. III. Pormenores depois esquecidos revelam, vem de tempos mui remotos, e.g., os pensadores da Escola de Cinos (séc. I) andavam sem as alpercatas, coisa ignorada no fim da Antiguidade mas que a carta confirma: ''Caminha descalço...''
     Quase certo, pois, existir um senador Publius Lentulus no tempo do segundo Imperador, que viu Jesus e o descreveu em papiro epistolar oficial (interpolado, por vezes, com o estilo de Hegesipo, sec. II).
     As duas  versões indicam que talvez tenham sido tiradas(?) diversas cópias: ao imperador reinante, ao Procurador, ao rei galileu, ao Tribunal Sinedrita. O rei Abgar, de Edessa (hoje Turquia) simpatizante de Jesus, pode ter(?) solicitado algum transcrito: das interpolações, algumas levam o seu estilo.
     Mais tarde, a parentela de Jesus deve ter tido acesso ao papiro, seja por Abgar, seja pelos arquivos oficiais [isto explicaria o estilo de Hegesipo]. Depois, todo o material pode ter passado por Antioquia [a Igreja que valorizava informes factuais] e foi parar em Constantinopla. Mas com certeza sofreu descontinuidade historial em 1204 durante o saque desta cidade. Aquileia era particularmente ligada a Constantinopla.
     O presente documento foi encontrado no arquivo do Duque de Cesadini, em Roma. Essa carta, onde se faz o retrato físico e moral de Jesus, foi mandada de Jerusalém ao Imperador Tibério César, em Roma, ao tempo de Jesus.
     Publius era senador romano e fez esse retrato de Jesus por ocasião da doença de sua filha Flávia, quando foi diretamente à presença de Cristo e pediu que a curasse da lepra.
Respondendo à pergunta de Tibério César - Quem é este homem Jesus? , Publius Lentulus escreveu:

     Sabendo que desejas conhecer quanto vou narrar, existe nos nossos tempos um homem, o qual vive atualmente de grandes virtudes, chamado Jesus, que pelo povo é inculcado o profeta da verdade, e os seus discípulos dizem que é o filho de Deus, criador do céu e da terra e de todas as coisas que nela se acham e que nela tenham estado.

     "Em verdade, ó César, cada dia se ouvem coisas maravilhosas desse Jesus: ressuscita os mortos, cura os enfermos, em uma só palavra.
     "É um homem de justa estatura e é muito belo no aspecto. Há tanta majestade em seu rosto, que aqueles que o vêem são forçados a amá-lo ou temê-lo.
     "Tem os cabelos da cor da amêndoa bem madura; são distendidos até as orelhas, e das orelhas até as espáduas; são da cor da terra, porém mais reluzentes. Tem no meio de sua fronte uma linha separando os cabelos, na forma em uso pelos nazarenos.
     "O seu rosto é cheio, o aspecto é muito sereno. Nenhuma ruga ou mancha se vê em sua face, de uma cor moderada. O nariz e a boca são irrepreensíveis. A barba é espessa, mas semelhante aos cabelos, não muito longa, separada pelo meio. Seu olhar é muito afetuoso e grave; tem os olhos expressivos e claros. O que surpreende é que resplandecem no seu rosto como os raios do sol, porém ninguém pode olhar fixo o seu semblante, porque quando resplende, apavora, e quando ameniza, faz chorar. Faz-se amar e é alegre com gravidade.
     "Diz-se que nunca ninguém o viu rir, mas, antes, chorar. Tem os braços e as mãos muito belos. Na palestra, contenta muito, mas o faz raramente e, quando dele se aproxima, verifica-se que é muito modesto na presença e na pessoa.
     "É o mais belo homem que se possa imaginar, muito semelhante à sua Mãe, a qual é de uma rara beleza, não se tendo jamais visto por estas partes uma mulher tão bela.
     "Porém, se a Majestade Tua, ó Cesar, deseja vê-lo, como no aviso passado escreveste, dai-me ordens, que não faltarei de mandá-lo o mais depressa possível.
     "De letras, faz-se admirar de toda a cidade de Jerusalém; ele sabe todas as ciências e nunca estudou nada. Ele caminha descalço e sem coisa alguma na cabeça. Muitos se riem, vendo-o assim, porém em sua presença, falando com ele, tremem e admiram. Dizem que um tal homem nunca fora ouvido por estas partes.
"Em verdade, segundo me dizem os hebreus, não se ouviram, jamais, tais conselhos, de grande doutrina, como ensina este Jesus. Muitos judeus o têm como Divino e muitos me querelam, afirmando que é contra a lei de Tua Majestade. Eu sou grandemente molestado por estes malignos hebreus.
     "Diz-se que este Jesus nunca fez mal a quem quer que seja, mas, ao contrário, aqueles que o conhecem e com ele têm praticado, afirmam ter dele recebido grandes benefícios e saúde, porém à tua obediência estou prontíssimo: aquilo que Tua Majestade ordenar será cumprido.
     "Vale, da Majestade Tua, fidelíssimo e obrigadíssimo..." Publius Lentulus, presidente da Judéia.
Lindizione setima, luna seconda".

Cópia do processo de Jesus Cristo, existente no Museu da Espanha.

     Esta sentença encontra-se gravada numa placa de cobre e, em ambos os lados, lê-se estas palavras: "uma placa igual foi encaminhada para cada Tribo". Foi encontrada dentro de um antigo vaso de mármore branco durante escavações realizadas em Áquila, reino de Nápoles, no ano de 1820, pelos comissionários de artes que acompanhavam o exército francês, após a expedição de Napoleão. O vaso encontrava-se dentro de uma caixa de ébano na sacristia dos Cartuxos, próximo a Nápoles; atualmente encontra-se na Capela de Caserte. A tradução a seguir, pertencente ao Arquivo Geral de Simancas criado em 1540, em Espanha por ordem de Carlos V,  feita a partir do original em hebraico pelos membros da Comissão de Artes. Após muitas súplicas, os Cartuxos conseguiram que a referida placa não fosse levada para a França, como reconhecimento dos inúmeros serviços que prestaram ao exército francês.

     "No ano dezenove de Tibério César, Imperador Romano de todo o mundo, monarca invencível na Olimpíada cento e vinte e um, e na Elíada vinte e quatro, da criação do mundo, segundo o número e cômputo dos Hebreus, quatro vezes mil cento e oitenta e sete, do progênio do Romano Império, no ano setenta e três, e na libertação do cativeiro de Babilônia, no ano mil duzentos e sete, sendo governador da Judéia Quinto Sérgio, sob o regimento e governador da cidade de Jerusalém, Presidente Gratíssimo, Pôncio Pilatos; regente na baixa Galiléia, Herodes Antipas; pontífice do sumo sacerdote, Caifás; magnos do templo, Alis Almael, Robas Acasel, Franchino Ceutauro; cônsules romanos da cidade de Jerusalém, Quinto Cornélio Sublime e Sixto Rusto, no mês de março e dia 25 do ano presente,

     Eu, Pôncio Pilatos, aqui Presidente do Império Romano, dentro do Palácio e arqui-residência, julgo, condeno e sentencio à morte, Jesus, chamado pela plebe - Cristo Nazareno - e galileu de nação, homem sedicioso, contra a Lei Mosaica - contrário ao grande Imperador Tibério César.
     Determino e ordeno por esta, que se lhe dê morte na cruz, sendo pregado com cravos como todos os réus, porque congregando e ajustando homens, ricos e pobres, não tem cessado de promover tumultos por toda a Judéia, dizendo-se filho de Deus e Rei de Israel, ameaçando com a ruína de Jerusalém e do sacro Templo, negando o tributo a César, tendo ainda o atrevimento de entrar com ramos e em triunfo, com grande parte da plebe, dentro da cidade de Jerusalém.
     Que seja ligado e açoitado, e que seja vestido de púrpura e coroado de alguns espinhos, com a própria cruz aos ombros para que sirva de exemplo a todos os malfeitores, e que, juntamente com ele, sejam conduzidos dois ladrões homicidas; saindo logo pela porta sagrada, hoje Antoniana, e que se conduza JESUS ao monte público da Justiça, chamado Calvário, onde crucificado e morto ficará seu corpo na cruz, como espetáculo para todos os malfeitores, e que sobre a cruz se ponha, em diversas línguas, este título: JESUS NAZARENO, REX JUDEORUM.
     Mando, também, que nenhuma pessoa de qualquer estado ou condição se atreva, temerariamente, a impedir a Justiça por mim mandada, administrada e executada com todo o rigor, segundo os Decretos e Leis Romanas, sob as penas de rebelião contra o Imperador Romano.
     Testemunhas da nossa sentença:
     Pelas dozes tribos de Israel: Rabaim Daniel; Rabaim Joaquim Banicar; Banbasu; Laré Petuculani.
     Pelos fariseus: Bullieniel; Simeão; Ranol; Babbine; Mandoani; Bancurfossi.
     Pelos hebreus: Matumberto.
     Pelo Império Romano e pelo Presidente de Roma: Lúcio Sextilo E Amacio Chilicio. "

(Este documento é forjado pois como é sabido Jesus Cristo foi crucificado no dia 14 de Nisan, Sexta-feira, dia da  Páscoa, dia 7 de Abril no calendário juliano ou 5 de Abril no gregoriano. Esta data 25 de Março do 19º ano de Tibério Cesar, 30 d.C. no calendário juliano ou 23 de Março no gregoriano, era 1º de Nisan, Sábado.)

O Processo de Jesus foi injusto e ilegal

     Jesus só poderia ser executado pelo Sinédrio no dia seguinte ao da sentença; o direito mosaico mandava espaçar a condenação da execução. Pilatos, porém deu imediata execução à sua sentença impedindo que o réu apelasse a Tibério César, como fez Paulo (Atos 25:11) Pilatos, pelo direito comparado (execução da pena) com duas testemunhas falsas, (culpa jurídica) era o único dos cinco juizes (Anás, Caifás, Sinédrio pleno, Herodes, Pilatos) que tanto podia condená-lo como absolvê-lo.
     Os principais erros jurídicos ocorridos neste processo foram:
1) julgamento noturno, contrário às leis hebraica e romana, não dando ao processo publicidade;
2) conflito de jurisdição: 4 juizes no mesmo processo;
3) falta de autoridade de Anás só, para interrogar Jesus, fora do Sinédrio;
4) Herodes, em Jerusalém, não tem jurisdição sobre Jesus - só na Galiléia;
5) testemunhas falsas, aliciadas pelos juizes.

A Mortalha de Jesus

     Jesus Cristo foi condenado a morte na cruz no dia 7 de Abril do ano 30 no calendário juliano, a 14º dia de Nizan no calendário hebraico, correspondendo a 5 de Abril no calendário atual. Foi pregado na cruz ao meio-dia de Sexta-feira expirando às 3 horas da tarde.
     No leito do sepulcro escavado na pedra foi deitado de costas sobre uma mortalha de linho de modo que dobrada na cabeça cobria a frente até os pés. Seus punhos e tornozelos foram amarrados com faixas para fixarem os membros. Nada mais fizeram porque prestes a iniciar a noite já seria Sábado que guardavam conforme os preceitos da Lei.
     O sangue antes e depois da morte fluidificando-se escorrera das feridas da coroa de espinhos, dos cravos nos punhos e pés, da lança no seu flanco direito, do esfolamento nos ombros causado pelo atrito da cruz durante o seu transporte, das escoriações nos joelhos devido aos tombos que levou, das chicotadas em todo o seu corpo, embebendo o tecido nos locais junto das mesmas.
     No Domingo pela manhã cedo, Maria Madalena, Maria mãe de Tiago, e Salomé voltaram ao sepulcro com especiarias para acabarem o funeral. Chegando lá, assustaram-se com a presença de dois homens com vestes resplandecentes e com a ausência do corpo de Jesus. Então lhes disseram que Jesus tinha ressuscitado.
     Rapidamente foram até aos apóstolos lhes dar a notícia. Pedro logo que soube veio correndo até o sepulcro, e abaixando-se para entrar, viu ali postos o lençol e as faixas dobrados num lugar a parte. Certamente os guardou consigo.
     Curiosamente além dos pontos de sangue havia em todo o pano a marca do corpo de Jesus. Pensavam que fora produzida pelo suor conforme o discípulo Tadeu explicara ao rei Abgar V de Edessa, hoje chamada "Urfa", uma cidade da Turquia, 700 km ao norte de Jerusalém, ao lhe entregar esta mortalha treze anos depois da ressurreição de Jesus, segundo relato do bispo Eusébio, no seu livro "História da Igreja" escrito no ano 325. Este rei sabendo da perseguição que o clero movia contra Jesus, e sofrendo de lepra e paralisia, mandou o seu funcionário Hanan convida-lo para vir ensinar livremente no seu reino sob a sua proteção. Enquanto aguardava oportunidade de entregar a carta do rei a Jesus, este funcionário fez o seu retrato. Ao percebe-lo Jesus o chamara e fizera a promessa que um seu discípulo iria em seu lugar. Tadeu fora o discípulo enviado para cumprir a promessa de Jesus 13 anos depois, e levou consigo o mortalha de Jesus para confia-la ao rei.
     Porém 14 anos depois no ano 57, o filho sucessor do rei, começa uma perseguição implacável contra o cristianismo. E então alguém esconde o pano e o retrato de Jesus dentro da parede sobre a porta ocidental da cidade. E lá ficou esquecido durante 468 anos, até o ano 525 quando houve uma grande inundação do rio Daisan na cidade, morrendo mais de 30 mil pessoas, ficando destruídos muitos prédios.  Durante os trabalhos de reconstrução da muralha é descoberto o tecido. A notícia espalha. O imperador Justiniano manda edificar a bela Catedral Hagia Sophia para guardar o sudário que dai em diante passou a ser chamado "Mandylion" (mandyl = toalha, icon = imagem).
     No ano 639, os muçulmanos conquistaram Edessa, sendo tolerados os cristãos, conservada e admirada a Catedral com a guarda do Mandylion. Porém no ano 943, o imperador Romanus Lecapenus envia um exército para trazer o Mandylion para Constantinopla. Em troca de poupar a cidade, de libertar 200 prisioneiros muçulmanos, e de 12 mil moedas de prata, o general João Curcuas pede ao emir a entrega do "Mandylion", o que foi concedido com protestos dos cristãos e muçulmanos. Finalmente a 15 de Agosto de 944 a relíquia chega à capital, recebendo um lugar definitivo na Capela Pharos, desde então raramente exposta ao público, podendo vê-la somente visitas ilustres, sempre dobrada em sua moldura de ouro com janela redonda no centro para mostrar somente o rosto da imagem.
     O monge inglês Ordericus Vitalis em sua obra "Historia Eclesiástica" esclarece que este precioso tecido apresentava marcas do corpo inteiro de Jesus Cristo.
     Em 12 de Abril de 1204, a 4ª Cruzada invade Constantinopla para recolocar no trono o imperador Alexius IV, a cidade é saqueada e o Mandylion desaparece confiscado por cavaleiros templários a pretexto do não pagamento do financiamento dessa cruzada feito em grande parte pela sua Ordem, fundada em Jerusalém havia 80 anos por Hugo de Pain e mais oito companheiros na segunda cruzada.
     Além da atividade guerreira e financeira, a Ordem dos Templários, promovia reuniões secretas à noite sob rigorosa guarda militar a fim de promoverem seus estudos, admissão de novos membros cavaleiros sob juramentos solenes, graves, e pena de morte em caso de perjúrio, e para elevação dos iniciados aos graus superiores.
     Por ocasião da elevação ao mais alto grau, o sétimo, na fortaleza sede em Paris, denominada depois de "a Bastilha", era mostrado ao candidato a figura de um rosto em cores pálidas em um pano, o Mandylion.
     No dia 13 de Outubro de 1307, o rei de França, Felipe o Belo, com aprovação do papa Clemente V, manda prender os templários em toda França onde fossem encontrados, sob falsa acusação de heresia como pretexto para apropriação dos seus tesouros chegados havia um ano trazidos da fortaleza de Chipre para Paris, sendo finalmente preso o seu Grão-Mestre Jacques de Molay, depois de forte resistência armada em Paris.
     Durante 7 anos de torturas determinadas pela Santa Inquisição, procuraram em vão a delação do paradeiro de tal figura de que ouviram falar, para prova material da heresia de idolatria.
     Finalmente fora marcada para dia 19 de Março de 1314 diante da fogueira, a confissão publica de Jacques de Molay e mais três dos mais altos graduados, entre eles, Geofray de Charnay na pequena ilha do Sena, a Ile des Juifs, hoje incorporada a Ile de la Cité onde está a Catedral de Notre Dame.
     Antes porém de ser preso, Geofray de Charnay, companheiro de martírio de Jacques de Molay, secretamente passara o Sudário para o seu sobrinho Geofray de Charny.
     Sendo morto Geofray de Charny na batalha de Poitiers em 19 de Setembro de 1356, no ano seguinte a sua viuva entrega o sudário como se fosse imitação do autêntico desaparecido aos cônegos da igreja colegiada em Lirey, França, fundada por ele, não sendo dadas explicações da origem da sua aquisição, porque antes era posse secreta dos templários, cujos todos bens foram confiscados. Quem ocultasse algum de seus bens seria réu como eles. Porém os cônegos guardaram o segredo de que este era realmente o autêntico.
     Em 22 de Março de 1453, a neta do sobrinho, Margaret de Charny passa a relíquia para o duque Luís de Savóia.
     Em 11 de Junho de 1502 é transferido para a Capela de Chembéry, escolhida como seu local permanente.
     No dia 4 de Dezembro de 1532, foi salvo de um incêndio tendo sido encharcado, chamuscado e perfurado pela prata derretida do relicário que o guardava.
     Em 1534, as irmãs Clarissas do Convento de Chambery, fizeram os remendos nas área mais danificadas.
     Porém, em 1694, 1 de Junho, recebe nova e definitiva morada na Capela Real da Catedral de Turim.
     No dia 25 de Maio de 1898, inicia-se uma sua exposição, durante oito dias em comemoração do qüinquagésimo aniversário do reino de Itália. A máquina fotográfica havia sido inventada recentemente. No dia 28, Secondo Pia faz uma fotografia do lençol estendido, ficando assombrado ao ver na chapa negativa, uma figura humana dando impressão de relevo e profundidade.

 

 

Porém após a exposição iniciada no dia 14 de Setembro de 1978 em comemoração do quarto centenário da chegada do Sudário a Turim, foi permitido a um grupo de 40 cientistas da NASA fazer o exame detalhado da relíquia, tendo cada um consultado pelo menos a 10 especialistas nas mais diversas matérias.

     Depois de um minucioso estudo científico chegaram ao resultado que confirma conclusões do trabalho de grupos anteriores e mais ainda:
     1 - as marcas do sudário são um negativo fotográfico de corpo inteiro (frente e dorso), com exceção do sangue é positivo, de um homem nu de 1,80 metros de estatura, flagelado, e crucificado;
     2 - contem dados tridimensionais comprovados com a técnica fotográfica VP-8 por computador, o que não é possível obter com figuras bidimensionais, como pinturas e fotografias, o que torna impossível a fraude;
     3 - o material de cor vermelha no sudário é sangue;
     4 - a imagem não foi feita com tinta, mas por oxidação ácido desidratante com formação de carbonila cromófora cor de palha, como tivesse sido feita por aquecimento rápido e intenso, ou por forte brilho de luz no instante da ressurreição como o brilho da bomba atômica, ou semelhante a luz na transfiguração de Jesus perante Pedro, Tiago, e João (Mat 17:1-2), pois as mortalhas arqueológicas de mártires e de faraós não trazem a marca dos seus corpos como a de Jesus. Esta mortalha é uma autêntica fotografia do corpo de Jesus Cristo no instante exato de sua ressurreição.
     5 - Sendo anatomicamente exato, está historicamente de acordo o sofrimento, morte, e ressurreição de Jesus Cristo, conforme os Evangelhos.

     Os médicos legistas fizeram o seu relatório baseados nas marcas do sudário:

     "As marcas são anatomicamente corretas. Não há problema para diagnosticar o que aconteceu com esse indivíduo. Trata-se de um homem branco, com 1,80 metros de altura, pesando cerca de oitenta quilos. As lesões são as seguintes: começando pela cabeça, existem derramamentos de sangue de numerosos ferimentos por perfuração, no alto e atrás do crânio e na testa.
     O homem foi espancado no rosto, há uma tumefação sobre uma das faces, e indubitavelmente tem um olho escurecido. A ponta do nariz está esfolada, como ocorreria em decorrência de uma queda, e parece que a cartilagem nasal pode ter se separado do osso. Há um ferimento no pulso esquerdo, o direito estando coberto pela mão esquerda. Essa é a lesão típica de uma crucificação. Há um fluxo de sangue que desce pelos dois braços. Aqui e ali existem gotas de sangue num ângulo derivado do fluxo principal em decorrência da gravidade. Esses ângulos representam os únicos que podem ocorrer das duas únicas posições que podem ser tomadas por um corpo durante a crucificação. Atrás e na frente existem lesões que aparentam ser marcas de açoite. Historiadores tem indicado que os romanos usavam um chicote chamado "flagum". Esse chicote tinha duas ou três tiras, e em suas extremidades existiam peças de metal ou osso parecendo pequenos alteres ao longo. Estes eram destinados a abrir estrias na carne. As pontas e as ponteiras de metal do "flagum" combinam com precisão com as lesões anteriores e posteriores do corpo. A vítima foi chicoteada pelos dois lados por dois homens, um dos quais era mais alto do que o outro, conforme fica demonstrado pelo ângulo das pontas do chicote.
     Há uma tumefação nos dois ombros, com escoriações indicativas de que alguma coisa pesada e áspera havia sido carregada nos ombros do homem poucas horas antes de sua morte. No flanco direito, um tipo qualquer de lâmina longa e estreita penetrou em direção ascendente. Esse fora um evento post-mortem, porque componente isolados de glóbulos e de soro vazara da lesão. Mais tarde, depois que o cadáver foi deitado horizontalmente e de rosto para cima sobre o pano, o sangue gotejou do ferimento lateral e empoçou-se na altura dos rins. Não há evidência de que qualquer perna tenha sido fraturada. Há uma abrasão de um joelho, coincidindo com uma queda (da mesma forma que na ponta do nariz); e finalmente, um espigão foi cravado nos dois pés, com vazamento de sangue para o pano. Fica bem definida a evidência de que esse homem foi açoitado e crucificado, tendo morrido de insuficiência cardio-pulmonar típica de crucificação."

     Nos fins de 1988 foi permitido fazer o teste do C-14, o único que faltava com três fragmentos enviado um a Universidade de Oxford, Inglaterra, outro a de Arizona, nos EE.UU., e outro ao Instituto de Tecnologia de Zúrique, Suissa, sendo unânimes na datação da confecção do tecido entre os anos 1230 e 1390 d.C..

Se este resultado é verdadeiro, a conclusão óbvia é: o sudário é uma fraude. Mas como? Se nessa época não teciam linho do modo como foi tecido o sudário. As manchas amareladas reproduzindo o corpo em modo negativo não é de tinta. Se fossem feitas posando o pano sobre um corpo molhado de tinta só apareceriam os pontos salientes, não havendo nuanças entre estes e as depressões para dar a impressão de três dimensões. Ou se tentassem produzir carbonila num pano como um ferro quente produz nos tecidos, o aquecimento necessário da estátua de metal coberta pelo lençol seria tal que os pontos em contato permanente seriam queima

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